Após o terrível impacto de saber que se está com um diagnóstico de cancro da mama, a tensão recai em saber qual a via a seguir para que a doença seja combatida.
Há várias. E serão os médicos a decidir, em conformidade com a situação clínica de cada mulher. Uma delas, nem sempre uma opção necessária, é a Quimioterapia.
E decidi falar da quimioterapia, porque este processo tem um dos efeitos secundários que mexe muito com a auto-estima e a imagem que a mulher tem de si, fazendo-a entrar, muitas vezes, numa espiral de depressões ainda mais profundo.
Nem sempre se passa pela mastectomia, nem pela quimio... mas quando a mulher tem que vivenciar as duas situações o percurso da doença/cura pode tornar-se ainda mais espinhoso no sentido de percurso quer físico, quer familiar ou até mesmo social. O temor e a angustia que a mulher enfrenta ao imaginar-se careca é mais um golpe.
A queda de cabelo, o tema a que nos propusemos falar hoje, acontece devido ao ataque feito pelas substâncias químicas, não exclusivamente, e só, á células malignas, mas também a algumas células saudáveis: aquelas que são de reprodução rápida. São elas as células da mucosa do estômago, da medula óssea e as capilares. A paciente deve falar com o médico/a para perceber as probalidades de isto acontecer. Nos casos de maior agressividade dos compostos da quimio, a queda acontece, normalmente, entre 16 a 18 dias após o primeiro tratamento de quimio e é um efeito reversível: findos os ciclos de quimio definidos, o cabelo volta a crescer, embora quase sempre com uma textura diferente. Também pode ser uma queda parcial ou total: pode cair o cabelo todo, ou ficarem sempre algumas madeixas. Também é normal caírem os pêlos púbicos e os cílios.
Cada caso particular tem que ser visto como isso: particular. E os elementos médicos que seguem as pacientes têm um papel importante no esclarecimento das dúvidas e receios. Por isso aconselha-se: perguntar e insistir sempre que haja dúvida alguma.
- Auto-estima e valorização de imagem durante a doença:
Cada mulher procura, dentro de si e do meio sócio-familiar que a rodeia, enfrentar a sua calvice forçada.
Há quem opte por cortar o cabelo antes de começar a cair, quem venda o cabelo para fazer perucas de cabelo natural, quem compre uma peruca logo de seguida, quem deixe que o processo natural da queda se desenrole por si , quem opte por usar turbantes ou lenços coloridos e há ainda quem assuma a sua "careca" sem preconceitos e receio dos olhares indiscretos e interrogativos.
Quaisquer opção é digna e legitima se serve a qualidade de vida e aumenta a valorização da imagem pessoal da mulher que a toma.
A mulher tem que se sentir bonita e confiante, lutar também por estar bem com a imagem, dar-se esse mimo. Não há nisto nada de fútil, não façamos juízos de valor.
No caso de optar por peruca há que ter um certo cuidado na sua escolha: de fibra sintética ou cabelo natural? Comprar onde? Como escolher? Como fazer a manutenção e higiene regulares - sim! que mesmo sendo peruca tem que ser lavada com produtos indicados e nem sempre suporta o secador... Quanto pode custar uma peruca? - depende do material, há desde os 100€ até aos 500€ mais ou menos.
Não existem em muitas cidades e a informação não chega a todos os locais, por isso deixo alguns endereços de compra/aluguer de perucas. No Porto, em Coimbra e em Lisboa. No Sul não encontrei nada do género:
- Porto
- Inês Pereira
R. Firmeza, 509 (Baixa Portuense)
4000-230 Porto
Tel. 222 001 675
Horário: segunda a sábado - 9h às 19h
Endereço na net- http://www.inespereira.pt/
- Iapemedic
Rua Sá Bandeira 538 4000-430 Porto
telefone 222 080 509fax 223 326 336
Endereço na net -http://www.iapmedic.pai.pt/
- Coimbra
- Tecnicabelo
Avenida Armando Gonçalves Edifício Hotel Tryp (antigo Melia)
Centro Comercial Sol - Loja 19
3000-059 Coimbra
Tel.: 239 482 413 Fax: 239 482 413 Telemóvel: 936 613 744 / 919 511 964
Endereço na http://www.tecnicabelo.com/
- Lisboa
- Casa Minabel
Praça Alegria 44,1º-E,
1250-004 LISBOA
Telefone 213 461 530 Fax 213 244 422
Endereço na net http://www.minabel.pt/
Há ainda hospitais, que a pedido da doente pode facultar peruca. Caso seja esta a opção deve informar-se junto do mesmo e saber quais os procedimentos a tomar. Muitas das casas que vendem perucas têm acordos com as entidades hospitalares, o que pode significar facilidades de apoio social. Existem também, nalguns casos acordos com vários sistemas de segurança social, deve-se obter informação neste sentido antes da compra para se poder beneficiar do mesmo.
Espero que esta seja uma informação útil. Esperamos enriquecê-la com a experiência de quem nos visita e ajudar quem nos procura.
Bjos